O Projeto Memórias Negras reúne imagens de estudantes e funcionári@s negr@s da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Este ensaio fotográfico se mostra como uma resposta às pixações racistas inscritas nas paredes e banheiros do Centro de Letras e Artes (CLA) da UNIRIO em Junho de 2017, onde se lia “KKK” (referência ao grupo de supremacia branca Ku Klux Klan) e “pretos fedem”.  As imagens foram impressas e expostas em múltiplos ambientes da mesma universidade.

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A partir dessa afronta, o projeto se idealiza por uma série de pessoas, já que acontece coletivamente com: os fotógraf@s parceir@s; aquel@s que participam com seus rostos; a ajuda na mão de obra das minhas amigas Isabour Estevão, Natasha Pasquini, Amanda Cristie e Karoleyne Dutra. Sendo assim, esta ideia de ocupar o espaço da universidade com a presença negra é uma tentativa de superar o racismo em espaços institucionais e reivindicá-los como sendo de tod@s, inclusive de estudantes negr@s.

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Além disso, se faz pertinente pensar numa forma artística de tornar um espaço castrador (como a universidade ainda se mostra) minimamente receptivo. Afinal de contas, expor as imagens de negr@s na academia significa que já não somos mais meros objetos de estudo para pesquisas excêntricas. Somos @s própri@s narradores de nossas vidas: don@s de nossos pensamentos e discursos, ocupamos hoje a universidade com toda nossa subjetividade e pensamento crítico secularmente negado.

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Agradeço às fotógrafas Isis Reis e Camila Parente e ao fotógrafo Wendy Andrade. Também a tod@s @s negr@s que participaram (e participam todos os dias) com suas presenças.

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